Deixo
Deixo voce falar,
ja que o silencio sempre foi bem comigo.
Deixo você gozar,
eu sou a espectadora
do seu sorriso.
Eu sou um artefato,
em suas mãos pode abusar,
fazer espetáculo.
Ninguém nunca viu com meus olhos,
eu tenho um fetiche com os detalhes.
Eu nunca vi alguém tão preciso,
alguém com tanta coragem
e acertivo...
Em me agradar.
Ninguém nunca viu com meus olhos.
Eu, de fato, nunca vi antes, tão claramente,
perfeição tão constante,
beleza surreal.
Deixo você cantar,
enquanto não consigo expressar
o que me invade.
Quando você invadir o meu corpo,
talvez o meu sorriso expresse
e o meu suor derrame,
sua pele especule
e seu prazer navegue
o infinito que se sente.
Gabriela Quenard Nemitz
