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II

e o resto.

Os espíritos que me cercam, longe de zombeteiros,
sussurram invocando a desistência;
Haja resiliência para não ceder a seus apelos!
Com passos trôpegos, aos atropelos
Junto aturdida os cacos de minha existência
III
Mas como evitar o desespero
quando vejo escaparem por meus dedos os dias
tal areia
quando não consigo afugentar a miséria
e o medo abrupto da mediocridade
Vejo a vida pela janela
tenho fugido da cidade e tudo que ela implica
então me recolho: resoluta, amedrontada, fracassada, invicta
 
IV
Narcisa, inevitavelmente afeta ao espelho
procuro que vejas o que não revelo
que leias o que não escrevo
desveles em mim o desespero
consigas de mim o que não entrego
o que há de mais profundo e verdadeiro, sonego
pra fugir a ânsia bruta do pasageiro
procuro sobretudo, algo de eterno
algo que me escapa, leve entre os dedos
claro, simples etéreo!

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