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SECREÇÃO

Há salões de festas nas narinas dos jovens
Que enterram os dedos sem sentir o medo
Dos comentários críticos desse povo leigo
Sem o necessário conhecimento dos polens.
 
É uma verdadeira entrada e saída do anular,
Doutras vezes é o mindinho que faz a visita
Sempre em busca duma catota bem à vista
E que anuncie sem reservas que ali é um lar.
 
Muitos ainda carregam o muco nasal à boca
Como se a meleca fosse “picanha” maçaroca
Ou que não houvesse alimento mais gostoso...
 
E assim segue o baile sem o fim premeditado,
Pois “ai” de quem reclamar sobre o atentado
À saúde orgânica que experimenta tal gozo!
 
DE  Ivan de Oliveira Melo

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