Certa vida quando lida
Se revela nau sofrida
Nem disfarce, alegoria
Devolve à alma a alegria
Uma mão quando estendida
Tem a hora interrompida
Para o tempo num suspiro
Sofre de futuro o respiro
Vivos olhos que esperam
Ânsias, medos se revelam
Ao que o fado lhe decifra
Menos tempo lhe acredita
Fé que foge quando olhada
Não espera quase nada
Nasce para outro tempo
Vai embora como o vento