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Grudelandia

Ia ser um lar,
Se tornou uma casa.
Ela não esperava por isso
Ela achou a cidade pertubadora
Chegou e queria ir embora
Mas os dois não pensavam igual
Queria ir embora pra Grudelandia
Com uma praia doce
E ele no seu colo pra sempre
Uma volta do trabalho efusiva
Sempre o olho grudado no coração
Mas ele não era um cachorro
Era um cidadão
Não era um rei
Era um cidadão
Não era nem se quer uma folha do palácio
Era a mente aterrizada
De todo ser humano
Se no fim
Quem estaria tão louco como eu?
Quem entenderia minha poesia infinita?
Quem nadaria de noite e de dia
Num oceano profundo e melancólico
Cheio de graça?
Que não é vista
A primeira vista
Pelo ser humano que passa
Ela sempre fez cálculos errados
Na Grudelandia não existe matemática
Mas dessa vez
Ela jurava ter descoberto leis inexplicáveis
Não fazia sentido tentar de novo
Eram as leis mais bonitas do universo.
A tristeza seria permanente
E constante.
Ao entender a derrota dos sonhos
A criatura estaria indo embora
De qualquer palácio pra sempre
Prezando nas últimas horas
Pra ele entender o que se sente
Quando se parece estar sonhando
Quando resta uma única saída
Quando viver na ilusão é doce
Se no fim
Quem tomaria uma chá de maçã
No fundo do caos?
Quem estaria tão louco como eu?
Não era a morte pertinente
No fim das contas?
Quem reclamaria sem parar do mundo comum
E viveria sem parar na melosidade
Que existe em Grudelandia?
 
 
 
 
Gabriela Quenard Nemitz

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