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VIGÍLIA

Se o mundo não me carrega,
Eu o carrego nas costas,
Pois sou eterno binômio
Dessa luta titânica do Efeito Estufa
e da Camada de Ozônio
Em que uma erosão universal é a
realidade dessa esfera.
 
Se a vida não me leva,
Eu a levo com garra,
Pois aqui mesmo nesta terra
É preciso que a língua seja
deveras tagarela
Para que as verdades tenham uma cara.
 
Se as horas não me consomem.
Eu as consumo como o homem
Que luta por razão de sobreviver.
 
Se o público não me observa,
Eu o percebo doentio e sem erva
Imaginando que a vida é um atelier,
 
O que não é!
 
 
 
DE  IVAN DE OLIVEIRA MELO

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