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Pernas

Ontem, minhas pernas,
 
onde estavam?
 
Rodeavam o teu sorriso,
 
acho que ali é o paraíso,
 
com todas as suas cores.
 
E tu deixando eu ser criança,
 
oh, quanto eu te amo,
 
e me desvaneço frente a ti.
 
Se eu choro
 
já não é de ruindade,
 
é a tua beleza,
 
e tu sabe,
 
que me faz refletir.
 
Eres uma benção.
 
Eres uma benção,
 
mais do que qualquer natureza
 
morta ou viva.
 
Alma tão delicada
 
e brilhante,
 
oh, quanto eu te amo!,
 
e te desejo,
 
perante qualquer força culminante,
 
perante qualquer tempo,
 
perante todas as coisas,
 
durante qualquer instante.
 
Peço todos os beijos que o amor sabe dar
 
para usá-los no teu leito
 
e onde mais existir espaço
 
pra te beijar.
 
Benção, beijar tua alma.
 
Quanto tempo mais
 
longe da pele suave que levas
 
tenho que viver?
 
Quando voltar
 
não existirão nem poucos dias
 
que a vida ouse nos separar.
 
E vou proteger-te,
 
amar-te e cuidar-te,
 
como se de ti dependesse a vida do universo,
 
porque de ti e só de ti
 
depende o meu caminho
 
eu, e o nosso amor.
 
 
Gabriela Quenard Nemitz

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