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Soneto do Desterro

9/8

O refresco jaz gasto e sem gás,
Misto à cana, o que é drinque do orco.
Esse vício, para mim, é feraz,
Sei de tanto, mas isto me é pouco.
 
Em família, na terra natal
Um tal drinque era apenas sinal
De uma noite comum dentre tantas
De família, de amor e de insânia.
 
E sozinho, sentado à janela
Dessa rua de homens insones,
Eis que bebo à saudade do ninho.
 
Pois lamento é deveras bem-vindo
A um peito de torpe poeta
Que faz dele este estro agridoce.
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